terça-feira, fevereiro 13, 2007
segunda-feira, fevereiro 12, 2007
OUVE, MÃE
Ouve mãe:
não me importo
do que sofreste em mim.
Só me importo dos sonhos
que rasgaste, a sorrir,
naqueles dias longos
do menino a dormir.
De tudo o que quiseste
nada viste cumprido;
em nada sou aquele
que pensaste criar
- ficaste na maré
sem nunca ver o mar!
A culpada é a vida
que me deu este olhar
perdido na distância
e este amor violento...
Mãe,
já tentei ser melhor:
MAS O MEU SONHO É LENTO...!
Vasco de Lima Couto
in "Um Canto de Vida e Morte"
não me importo
do que sofreste em mim.
Só me importo dos sonhos
que rasgaste, a sorrir,
naqueles dias longos
do menino a dormir.
De tudo o que quiseste
nada viste cumprido;
em nada sou aquele
que pensaste criar
- ficaste na maré
sem nunca ver o mar!
A culpada é a vida
que me deu este olhar
perdido na distância
e este amor violento...
Mãe,
já tentei ser melhor:
MAS O MEU SONHO É LENTO...!
Vasco de Lima Couto
in "Um Canto de Vida e Morte"
Etiquetas: poesia, Vasco de Lima Couto
domingo, fevereiro 11, 2007
quarta-feira, fevereiro 07, 2007
sábado, fevereiro 03, 2007
com o tempo...
Mistério desvendado. Está mesmo diferente.
Ok. O jardim está em obras, o dia esteve cinzento e estamos no Inverno... lá prá Primavera vou voltar a fotografar
Quanto às sombras... com estas obras... foram "degoladas" algumas árvores, enormes...mesmo assim... Leiria continua linda
com o pastor peregrino... iria para Fátima? Nã... não é para esse lado
apenas para lembrar Rodrigues Lobo!?...
colecção de postais-3
Monumento aos mortos da Grande Guerra - em 1973 recebi este postal. Estudava em Santarém e a minha mãe escrevia-me em postais ilustrados, para a colecção, para me lembrar de voltar :)
A cidade mudou tanto que já nem me lembrava deste local... quem o reconhece? Que prédio é este com o relógio? Mais logo vou tentar fotografar para comparar com a actualidade.
A cidade mudou tanto que já nem me lembrava deste local... quem o reconhece? Que prédio é este com o relógio? Mais logo vou tentar fotografar para comparar com a actualidade.
quinta-feira, fevereiro 01, 2007
colecção de postais-2
Lá vai a D. Júlia para Angola, com a nossa amiga Isabel... aquilo foi um desgosto, perder uma aliada, sempre pronta a pôr água na fervura, e perder também uma companheira de brincadeiras. Escreveu pelo caminho para a nossa madrinha...
colecção de postais-1
A minha mania de guardar é muito antiga. Gosto de dizer que faço colecção, de postais, e de outras coisas, mas sei que não sou coleccionadora, apenas ajuntadora.
Os postais foram, durante a minha juventude, uma maneira de dialogar, eram umas cartas ilustradas. Era costume enviar um postal do sítio onde estávamos no momento e também para dizermos aos amigos que não os esquecemos. Antiguidades... Para iniciar este ciclo, achei bem este postal pela sua mensagem.
Os postais foram, durante a minha juventude, uma maneira de dialogar, eram umas cartas ilustradas. Era costume enviar um postal do sítio onde estávamos no momento e também para dizermos aos amigos que não os esquecemos. Antiguidades... Para iniciar este ciclo, achei bem este postal pela sua mensagem.
segunda-feira, janeiro 29, 2007
doutrina
À espera de consulta li o jornal do Gaiato, de onde transcrevo
" É preciso que a regra se sacrifique às Obras e não estas à regra...
Depois, retire-se do Asilo a sorte de criadagem, membros da direcção e tudo o mais que se sabe. Depois, vá-se ao letreiro que diz "Asilo" e ponha-se "Casa de trabalho". Logo a seguir, abrir todas as dependências da casa às raparigas. Deixá-las fazer o caldo, pôr a mesa, cozer a boroa, remendar, varrer, ir às compras, cuidar de si - ser mulher. Se o Asilo tiver quinta, elas na quinta, no jardim, nas barrelas, nas meadas, na roca, no tear, nas feiras a ver os preços e... moços. Sim senhor. Não há mestra como a vida. Contacto com a vida. Esta experiência, junta à formação espiritual que se supõe na vida da comunidade, fará a mulher de amanhã. A mulher forte.
Mas quê? - nada disto se pratica! São métodos simples demais para a maneira "segura" e complicada de ver as coisas. O que se torna necessário é mas é prevenir, rodear a "menina" de cautelas pra que não venha a cair nas ciladas do mundo... E tem graça que a primeira coisa que a "menina" geralmente faz ao sair do Asilo, é cair nas ciladas do mundo! Porquê? Porque a preparam para uma vida que não é?..." Padre Américo
" É preciso que a regra se sacrifique às Obras e não estas à regra...
Depois, retire-se do Asilo a sorte de criadagem, membros da direcção e tudo o mais que se sabe. Depois, vá-se ao letreiro que diz "Asilo" e ponha-se "Casa de trabalho". Logo a seguir, abrir todas as dependências da casa às raparigas. Deixá-las fazer o caldo, pôr a mesa, cozer a boroa, remendar, varrer, ir às compras, cuidar de si - ser mulher. Se o Asilo tiver quinta, elas na quinta, no jardim, nas barrelas, nas meadas, na roca, no tear, nas feiras a ver os preços e... moços. Sim senhor. Não há mestra como a vida. Contacto com a vida. Esta experiência, junta à formação espiritual que se supõe na vida da comunidade, fará a mulher de amanhã. A mulher forte.
Mas quê? - nada disto se pratica! São métodos simples demais para a maneira "segura" e complicada de ver as coisas. O que se torna necessário é mas é prevenir, rodear a "menina" de cautelas pra que não venha a cair nas ciladas do mundo... E tem graça que a primeira coisa que a "menina" geralmente faz ao sair do Asilo, é cair nas ciladas do mundo! Porquê? Porque a preparam para uma vida que não é?..." Padre Américo
derrocada
É isso mesmo que estão a ver. A segunda derrocada. A primeira em 5 de Dezembro. As condições de trabalho são assim em Portugal. Por mero acaso aconteceram na ausência dos funcionários destes gabinetes. Ficamos à espera dum acidente. Entretanto vou requisitar um capacete...
sábado, janeiro 27, 2007
quarta-feira, janeiro 24, 2007
o P.R.
O Presidente da República, inaugurou ontem a nova versão do Teatro José Lúcio da Silva em Leiria. Nem vou falar que o espectáculo foi ontem por convites, para diversas entidades, e hoje a repetição foi a pagar. Agora funciona tudo assim. À borla, nem no "De Borla", só os grandes ainda conhecem essa palavra. Mas por falar no P.R., hoje, logo de manhã falava no noticiário da televisão. Deve ser usual, mas como não vejo o quadrado mágico, não me apercebo. O que eu estranhei, foi o grande sorriso que apresentava. Ora vamos lá a ver. Que razões terá para tal? Pensei que deve ter tido um rico aumento no vencimento, porque os aumentos à percentagem... aumentam sempre a diferença. Se eu tivesse votado, e nele, ficava ainda mais decepcionada. Então votamos num cara de pau e depois anda para aí a rir-se...
terça-feira, janeiro 23, 2007
Hospital
Quinze dias a caminhar para o hospital... ontem, finalmente o meu pai teve alta. A saúde funciona mal em Portugal. Aliás funciona tudo mal, se ainda podemos dizer que funciona. O hospital está como se pode ver. Um edifício com 12 anos... ai o nosso dinheirinho dos impostos que é tão mal gasto!
Apenas esta estátua me diz qualquer coisa de positivo, talvez seja um elogio à vida, a uma nova vida
Apenas esta estátua me diz qualquer coisa de positivo, talvez seja um elogio à vida, a uma nova vida
quanto ao autor/autora, talvez seja a Dorita, e quem será?? Se alguém souber faça favor de completar a notícia
Minha mãe
Minha mãe,
eu digo, não morrerá.
Tornar-se-á pedra de brilhante
para a eternidade
Minha mãe não me diz.
Observa-me
com os seus olhos de passarinho pousado no
quintal
que pode bater asas a qualquer momento.
Elíude Viana
eu digo, não morrerá.
Tornar-se-á pedra de brilhante
para a eternidade
Minha mãe não me diz.
Observa-me
com os seus olhos de passarinho pousado no
quintal
que pode bater asas a qualquer momento.
Elíude Viana
segunda-feira, janeiro 22, 2007
Se por acaso me for
E se por
Acaso me for
Não avises que morri
Sendo pouco dotado
Desejo ser acompanhado
Quase apenas por ti.
Diz a quem perguntar
Que parti
Inesperadamente;
Mas hei-de voltar
Como saí
Surpreendendo toda a gente.
Nem quero que vejam
A minha pose de morto,
Amarelado já eu ando
Com tanto caminho torto.
Deixa-os onde estejam;
Sou contra o velar;
Se preciso até mando
Um pedido para me ignorar.
Sei que vás chorar
Mas tenta controlar
A tua mágoa;
Sempre te amarei
E de tudo só sei
Lixo, leva-o a água.
Encontra alguém
Que te queira também
E te faça feliz;
Nunca nos compares
Na hora dos azares
Pelo muito que te quis
Nem flores,
Nem laços,
Os amores
Morrem sem passos.
in "Um Castelo de Versos"
de: Narciso Ferreira
Acaso me for
Não avises que morri
Sendo pouco dotado
Desejo ser acompanhado
Quase apenas por ti.
Diz a quem perguntar
Que parti
Inesperadamente;
Mas hei-de voltar
Como saí
Surpreendendo toda a gente.
Nem quero que vejam
A minha pose de morto,
Amarelado já eu ando
Com tanto caminho torto.
Deixa-os onde estejam;
Sou contra o velar;
Se preciso até mando
Um pedido para me ignorar.
Sei que vás chorar
Mas tenta controlar
A tua mágoa;
Sempre te amarei
E de tudo só sei
Lixo, leva-o a água.
Encontra alguém
Que te queira também
E te faça feliz;
Nunca nos compares
Na hora dos azares
Pelo muito que te quis
Nem flores,
Nem laços,
Os amores
Morrem sem passos.
in "Um Castelo de Versos"
de: Narciso Ferreira
Etiquetas: Narciso Ferreira, poesia
domingo, janeiro 21, 2007
dia 4 de Janeiro
A minha mãe
partiu
inesperadamente
para outra dimensão.
Jaz morta e arrefece.
Nunca mais me
dará conselhos
nem mimos
nem beijos.
- Que falta me vai fazer, mãezinha!
A vida continua
até que chegue
a minha vez de partir.
partiu
inesperadamente
para outra dimensão.
Jaz morta e arrefece.
Nunca mais me
dará conselhos
nem mimos
nem beijos.
- Que falta me vai fazer, mãezinha!
A vida continua
até que chegue
a minha vez de partir.
sexta-feira, dezembro 29, 2006
hospital
Desde as 15 horas do dia 25 que tenho a minha mãe no hospital de Leiria. A doença não escolhe datas. Talvez abra um novo blog só para contar o que se passou desde então. Hoje foi transferida para outro quarto. Não resisti a tirar fotografias. Sem qualidade é certo, porque as tirei à socapa, mas mostram bem as condições em que os doentes se encontram. Mil linhas não chegariam para descrever todos os inconvenientes deste estado. De frizar, antes que me esqueça, que a janela esteve aberta durante bastante tempo e estando o edifício a sofrer obras exteriores, o pó existente neste quarto era imenso... sem mais comentários... comente quem quiser... A minha memória tem tendência a esquecer as vicissitudes, envia-as para o inconsciente profundo, mas desta vez espero não esquecer, para poder contar. Estas fotografias foram tiradas num quarto do 2º andar do Hospital de Leiria, bloco cirurgia.
Espero que o próximo ano me corra melhor. E a todos os que por aqui passam aproveito para desejar umas boas saídas e um 2007 sem percalços.