januaria e helena

segunda-feira, janeiro 29, 2007

doutrina

À espera de consulta li o jornal do Gaiato, de onde transcrevo

" É preciso que a regra se sacrifique às Obras e não estas à regra...

Depois, retire-se do Asilo a sorte de criadagem, membros da direcção e tudo o mais que se sabe. Depois, vá-se ao letreiro que diz "Asilo" e ponha-se "Casa de trabalho". Logo a seguir, abrir todas as dependências da casa às raparigas. Deixá-las fazer o caldo, pôr a mesa, cozer a boroa, remendar, varrer, ir às compras, cuidar de si - ser mulher. Se o Asilo tiver quinta, elas na quinta, no jardim, nas barrelas, nas meadas, na roca, no tear, nas feiras a ver os preços e... moços. Sim senhor. Não há mestra como a vida. Contacto com a vida. Esta experiência, junta à formação espiritual que se supõe na vida da comunidade, fará a mulher de amanhã. A mulher forte.

Mas quê? - nada disto se pratica! São métodos simples demais para a maneira "segura" e complicada de ver as coisas. O que se torna necessário é mas é prevenir, rodear a "menina" de cautelas pra que não venha a cair nas ciladas do mundo... E tem graça que a primeira coisa que a "menina" geralmente faz ao sair do Asilo, é cair nas ciladas do mundo! Porquê? Porque a preparam para uma vida que não é?..." Padre Américo

derrocada



É isso mesmo que estão a ver. A segunda derrocada. A primeira em 5 de Dezembro. As condições de trabalho são assim em Portugal. Por mero acaso aconteceram na ausência dos funcionários destes gabinetes. Ficamos à espera dum acidente. Entretanto vou requisitar um capacete...

aborto sim não

Para ajudar a baralhar a opinião, ou não...
sim talvez

sábado, janeiro 27, 2007

gostos


É fácil encontrar um presente para uma pessoa que gosta de gatos, de arte ... hoje, finalmente, pendurei esta prenda de Natal. Que acham? Fica aqui bem? E que me dizem do artista?

quarta-feira, janeiro 24, 2007

o P.R.

O Presidente da República, inaugurou ontem a nova versão do Teatro José Lúcio da Silva em Leiria. Nem vou falar que o espectáculo foi ontem por convites, para diversas entidades, e hoje a repetição foi a pagar. Agora funciona tudo assim. À borla, nem no "De Borla", só os grandes ainda conhecem essa palavra. Mas por falar no P.R., hoje, logo de manhã falava no noticiário da televisão. Deve ser usual, mas como não vejo o quadrado mágico, não me apercebo. O que eu estranhei, foi o grande sorriso que apresentava. Ora vamos lá a ver. Que razões terá para tal? Pensei que deve ter tido um rico aumento no vencimento, porque os aumentos à percentagem... aumentam sempre a diferença. Se eu tivesse votado, e nele, ficava ainda mais decepcionada. Então votamos num cara de pau e depois anda para aí a rir-se...

terça-feira, janeiro 23, 2007

Hospital

Quinze dias a caminhar para o hospital... ontem, finalmente o meu pai teve alta. A saúde funciona mal em Portugal. Aliás funciona tudo mal, se ainda podemos dizer que funciona. O hospital está como se pode ver. Um edifício com 12 anos... ai o nosso dinheirinho dos impostos que é tão mal gasto!


Apenas esta estátua me diz qualquer coisa de positivo, talvez seja um elogio à vida, a uma nova vida

quanto ao autor/autora, talvez seja a Dorita, e quem será?? Se alguém souber faça favor de completar a notícia

Minha mãe

Minha mãe,
eu digo, não morrerá.
Tornar-se-á pedra de brilhante
para a eternidade

Minha mãe não me diz.
Observa-me
com os seus olhos de passarinho pousado no
quintal
que pode bater asas a qualquer momento.

Elíude Viana

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Se por acaso me for

E se por
Acaso me for
Não avises que morri
Sendo pouco dotado
Desejo ser acompanhado
Quase apenas por ti.
Diz a quem perguntar
Que parti
Inesperadamente;
Mas hei-de voltar
Como saí
Surpreendendo toda a gente.
Nem quero que vejam
A minha pose de morto,
Amarelado já eu ando
Com tanto caminho torto.
Deixa-os onde estejam;
Sou contra o velar;
Se preciso até mando
Um pedido para me ignorar.
Sei que vás chorar
Mas tenta controlar
A tua mágoa;
Sempre te amarei
E de tudo só sei
Lixo, leva-o a água.
Encontra alguém
Que te queira também
E te faça feliz;
Nunca nos compares
Na hora dos azares
Pelo muito que te quis
Nem flores,
Nem laços,
Os amores
Morrem sem passos.

in "Um Castelo de Versos"
de: Narciso Ferreira

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domingo, janeiro 21, 2007

até que a morte nos separe...

dia 4 de Janeiro

A minha mãe
partiu
inesperadamente
para outra dimensão.
Jaz morta e arrefece.
Nunca mais me
dará conselhos
nem mimos
nem beijos.
- Que falta me vai fazer, mãezinha!
A vida continua
até que chegue
a minha vez de partir.