terça-feira, junho 13, 2006
EUGÉNIO DE ANDRADE
faz hoje um ano que nos deixou
AS AMORAS
O meu país sabe a amoras bravas
no verão.
Ninguém ignora que não é grande,
nem inteligente, nem elegante o meu país,
mas tem esta voz doce
de quem acorda cedo para cantar nas silvas.
Raramente falei do meu país, talvez
nem goste dele, mas quando um amigo
me traz amoras bravas
os seus muros parecem-me brancos,
reparo que também no meu país o céu é azul.
Eugénio de Andrade
QUE FIZESTE DAS PALAVRAS?
Que fizeste das palavras?
Que contas darás tu
dessas vogais
de um azul tão
apaziguado?
E das consoantes, que
lhes dirás,
ardendo entre o fulgor
das laranjas e o sol dos
cavalos?
Que lhes dirás, quando
te perguntarem pelas
minúsculas
sementes que te
confiaram?
Eugénio de Andrade
AS AMORAS
O meu país sabe a amoras bravas
no verão.
Ninguém ignora que não é grande,
nem inteligente, nem elegante o meu país,
mas tem esta voz doce
de quem acorda cedo para cantar nas silvas.
Raramente falei do meu país, talvez
nem goste dele, mas quando um amigo
me traz amoras bravas
os seus muros parecem-me brancos,
reparo que também no meu país o céu é azul.
Eugénio de Andrade
QUE FIZESTE DAS PALAVRAS?
Que fizeste das palavras?
Que contas darás tu
dessas vogais
de um azul tão
apaziguado?
E das consoantes, que
lhes dirás,
ardendo entre o fulgor
das laranjas e o sol dos
cavalos?
Que lhes dirás, quando
te perguntarem pelas
minúsculas
sementes que te
confiaram?
Eugénio de Andrade
domingo, junho 11, 2006
o que comemos /o que seremos
Ontem abri um pacote de manteiga com bolor
Que eu me lembre, as gorduras não ganhavam bolor, mas sim ranço
Manteiga, sem gordura
Café, sem cafeína
Tabaco, sem nicotina
Cerveja, sem álcool
Melancias, sem sementes
Pessoas, sem alma
Temos tudo, sem nada
Que eu me lembre, as gorduras não ganhavam bolor, mas sim ranço
Manteiga, sem gordura
Café, sem cafeína
Tabaco, sem nicotina
Cerveja, sem álcool
Melancias, sem sementes
Pessoas, sem alma
Temos tudo, sem nada
sábado, junho 10, 2006
2 livros
que eu gostava de comprar
A Arte de Amar - autor: Ovídio - tradução, introdução e notas de Carlos Ascenso André
Caminhos do Amor em Roma - autor: Carlos Ascenso André
A Arte de Amar - autor: Ovídio - tradução, introdução e notas de Carlos Ascenso André
Caminhos do Amor em Roma - autor: Carlos Ascenso André
domingo, junho 04, 2006
isto assim vai
Os portugueses não têm habilitações, então há de dar-lhas.
Espero que ainda me calhe alguma coisa desse bolo. Ensinam-me a trabalhar com uma maquineta qualquer e oferecem-me a equivalência a um curso superior :)
As pessoas que não tenham o 9º ano, frequentam um curso onde entre outras coisas, espero eu, aprendem a trabalhar com computadores e ficam com equivalência ao dito 9º ano. Isto é melhor que os pudins instantâneos. Será que assim já passamos a ser mais cultos e mais letrados?
O que me entristece é ver que estas medidas acabam por ser injustas para quem estudou e trabalhou.
Espero que ainda me calhe alguma coisa desse bolo. Ensinam-me a trabalhar com uma maquineta qualquer e oferecem-me a equivalência a um curso superior :)
As pessoas que não tenham o 9º ano, frequentam um curso onde entre outras coisas, espero eu, aprendem a trabalhar com computadores e ficam com equivalência ao dito 9º ano. Isto é melhor que os pudins instantâneos. Será que assim já passamos a ser mais cultos e mais letrados?
O que me entristece é ver que estas medidas acabam por ser injustas para quem estudou e trabalhou.
portugueses
Na 2ª série do Diário da República, todos os dias me deparo com muitas pessoas que adquirem a nacionalidade portuguesa. Isto começou a mexer comigo.
Afinal o que será preciso para ser português?
Por naturalização:
O estrangeiro que pretenda adquirir a nacionalidade portuguesa por naturalização deverá requerê-lo ao Ministro da Administração Interna, desde que:
sejam maiores ou emancipados à face da lei portuguesa;
residam em território português ou sob administração portuguesa, com título válido de autorização de residência, há pelo menos, 6 ou 10 anos, conforme se trate, respectivamente, de cidadãos nacionais de países de língua oficial portuguesa ou de outros países;
conheçam suficientemente a língua portuguesa;
comprovem a existência de uma ligação efectiva à comunidade nacional;
tenham idoneidade cívica;
possuam capacidade para reger a sua pessoa e assegurar a sua subsistência.
Simplesmente, isto :o
Afinal o que será preciso para ser português?
Por naturalização:
O estrangeiro que pretenda adquirir a nacionalidade portuguesa por naturalização deverá requerê-lo ao Ministro da Administração Interna, desde que:
sejam maiores ou emancipados à face da lei portuguesa;
residam em território português ou sob administração portuguesa, com título válido de autorização de residência, há pelo menos, 6 ou 10 anos, conforme se trate, respectivamente, de cidadãos nacionais de países de língua oficial portuguesa ou de outros países;
conheçam suficientemente a língua portuguesa;
comprovem a existência de uma ligação efectiva à comunidade nacional;
tenham idoneidade cívica;
possuam capacidade para reger a sua pessoa e assegurar a sua subsistência.
Simplesmente, isto :o