Violência nas escolas

Hoje estive a ler umas notícias sobre a violência que grassa nas escolas. E também os comentários. Na generalidade, queixam-se os professores que o mal advém de falta de educação por parte dos pais. Há que passar a batata quente. Outros (professores) queixam-se de não poderem castigar os alunos, com uma estalada ou um castigo. Pois eu digo que continuam a fazê-lo e pior que antigamente, onde a reguada era o modo mais usual de castigo. Levei muitas e não me fizeram mal. Cada erro cada reguada. E assim se ensinava. E os pais do que se queixam? Não vi comentários dos pais atingidos pela infelicidade de terem filhos na escola pública. Certamente, uns porque estavam a trabalhar, outros porque nem sequer sabem lidar com o computador. Estou a mentir porque havia o comentário dum pai/mãe que dizia ... blá blá... e por isso é que não ponho os meus filhos na escola pública.
Resumindo, os pais são sempre os cukpados, porque não dão educação aos filhos. Mas vendo o caso por outro lado, os filhos que vão para a escola com bons princípios, apanham uma turma problemática, um professor problemático, e digamos que há muitos professores com falta de educação. O que vai resultar dessa mistura? É uma mistura explosiva. E digo, com conhecimento de causa, que é triste ver crianças já nas consultas de psicologia.
Resumindo mais ainda. Os pais são culpados de tudo. Os pais são obrigados pelo menos a ter dinheiro suficiente para pagar um colégio aos meninos ou arriscam-se a verem os filhos transformados em monstros. Agressividade aprende-se. Só alguns a trazem já de nascença.
Falta fazer uma ressalva. Ainda há bons professores que conseguem dar aulas mesmo em salas complicadas. Professores interventivos, humanos... Ser professor é uma vocação e com tanta falta de emprego... há professores que talvez estivessem melhor a guardar animais, ou nem isso porque os animais também gostam de um pouco de atenção e carinho.
Como em tudo neste país é preciso sorte. Sorte com o médico que nos atende no hospital, com a enfermeira que nos dá a injecção, com a professora que nos inicia no sentido do saber.
Hoje vi uma professora (da escola pública) que os alunos correram para ela aos beijos. Esta talvez seja o ideal de professora.