januaria e helena

sexta-feira, abril 29, 2005

HISTÓRIAS DE LIBERDADE

Num dia de chuva, passeava pela horta e apanhei um susto, passou por mim um animal que me parecia uma ratazana. Afinal era um coelhinho bravo, que tal como eu andava à chuva. Apanhei-o e levei-o para casa. Adaptou-se muito bem, comia cenouras, cascas, pão, ração, aceitava festas e colo, mas à noite virava a gaiola de pernas para o ar... Comecei a pensar que procurava a saída para a liberdade. Por isso, ao fim de uma semana, levei-o para o sítio onde o tinha encontrado, e soltei-o. Ficou por minutos junto aos meus pés, sem saber o que fazer, depois, espetou as orelhas, olhou em redor e correu para a liberdade. Tinha esperança que ele me aparecesse, de vez em quando, na horta, para me dizer que estava bem e feliz, mas nunca mais o vi...

Encontei um borracho (pombo bébé) junto à Sé, onde tantos são atropelados, e levei-o comigo... Ficou à solta, no terraço, ensiná-mo-lo a comer e a voar, demos-lhe o nome de João Nuno... sempre dizendo à minha filha que não o ia prender, que um dia ele ia querer juntar-se aos seus irmãos ... e assim foi, já forte, já voava, olhou para o céu e voou direito às nuvens... também nunca mais o vi...

O meu gato Pavarotti, quis ir namorar, e foi, e não voltou...

A minha liberdade e a dos outros... um bem que tanto prezo... às vezes também preciso de ser cuidada por alguém, e quando ganho nova energia, de novo me lanço em voos de liberdade.

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