AS PALAVRAS
Tive um professor de geologia conhecido pela alcunha de "bêbado" e que ninguém ouvia, excepto eu, talvez. Explicava a matéria de cabeça baixa, quem sabe, receoso da nossa agressividade de adolescentes. Eu sempre atenta às aulas, escutava o que ele dizia.
Num dia que explicava a necessidade de diferentes culturas e da análise dos solos, para não os empobrecer, e focava a desertificação do Alentejo devido à cultura intensiva do trigo, coloquei-lhe uma questão, se a desertificação da Etiópia também poderia ter sido provocada pela cultura indiscriminada (as imagens da fome naquelas paragens sempre mexeu comigo).
O prof. acordou, os olhos riram-se, olhou para a sala, finalmente, alguém ouvia o que ele dizia, e respondeu à minha pergunta, entusiasmado...
Daquela vez acordei um morto, outras vezes mato um vivo...
Num dia que explicava a necessidade de diferentes culturas e da análise dos solos, para não os empobrecer, e focava a desertificação do Alentejo devido à cultura intensiva do trigo, coloquei-lhe uma questão, se a desertificação da Etiópia também poderia ter sido provocada pela cultura indiscriminada (as imagens da fome naquelas paragens sempre mexeu comigo).
O prof. acordou, os olhos riram-se, olhou para a sala, finalmente, alguém ouvia o que ele dizia, e respondeu à minha pergunta, entusiasmado...
Daquela vez acordei um morto, outras vezes mato um vivo...
1 Comments:
Também gostei..., na sequência de A força das palavras
By Anónimo, at 19/4/05 16:00
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