januaria e helena

sábado, maio 21, 2005

PALAVRAS À SOLTA

Deixem-me em paz
Deixem-me ser eu
Viver como quero
Não me digam o que me faz falta
nem digam se sou feliz ou não
Não digam que sexo é o que preciso
já não vos posso ouvir
porque quero escolher, quero sentir

Eu sei o que preciso, mas,
pode não ser o que vocês precisam
Vivam e deixem viver
Sexo
sexo
sexo
Que falta de imaginação
tanta coisa para fazer
sexo de uma noite
e depois
o vazio
o enorme vazio
para quê?
É isso que querem?
OK
Mas não eu
não quero horas

quero vida, sentida
viver, sentir, amar,
querer

não me digas o que tenho que vestir
como tenho que falar
como andar
o que eu quero ver
é o que está dentro
o que tens lá dentro
quero quebrar esse verniz
e ver-te
a ti
e tu
olha-me
deseja-me
pelo que sou, hoje, amanhã
só hoje, não
só às vezes, não
antes a solidão
a morte
o nada
tudo ou nada
preto no branco

vejo-te onde não estás
invento-te em outras formas